17/07/2015

sinopse - tal fic

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ksdfgthygfdswerty


Os flashes da noite passada rodavam na minha mente e eu abri os olhos assustada. Precisei de alguns segundos até descobrir onde eu estava e quando finalmente consegui a única reação que tive foi colocar o travesseiro na cara e gritar, tentando de alguma forma extravasar a frustração que eu estava sentindo. Isso não era pra ter acontecido. Eu não deveria ter deixado o desejo momentâneo falar mais alto, eu deveria ter pensando antes de deixar as coisas chegarem a esse ponto.
Rolei meus olhos pelo quarto luxuoso em que eu me encontrava e cheguei a conclusão de que eu estava sozinha. Que ótimo, como se já não bastasse eu ir pra cama com Justin Bieber, ele ainda tinha que sair antes mesmo de eu acordar.
Levantei da cama enrolada no lençol e recolhi toda a minha roupa, entrando na porta à minha frente. Era um banheiro e eu me troquei rapidamente, sem nem analisar o local. Tudo que eu queria era pegar o resto de vergonha na cara que eu tinha e ir embora daquela casa.
Por um momento pensei em Hailey e em onde ela estaria. Com certeza estava muito puta e talvez me mataria quando nos encontrássemos, então comecei a planejar o que eu diria quando o momento de encontrá-la chegasse.
Encarei meu reflexo no espelho e eu estava assustadora. Meu cabelo parecia um ninho de rato, então o prendi em um coque. Aproveitei também para lavar meu rosto e usei um pouco da pasta de dente do Justin para escovar meus dentes com o dedo mesmo. Cara, eu realmente preciso ir pra casa e tomar um banho.
Ao sair do quarto eu saí em um corredor. Não tinha como eu me perder, até porque além da porta do quarto, só havia a escada e o elevador, que era pra onde eu fui. Apertei o botão do primeiro andar e rapidamente eu já estava lá. Agora eu só precisava encontrar Hailey.
Caminhei até a sala em que estávamos ontem antes de tudo acontecer e a cena que eu encontrei me fez rir mesmo eu me sentindo tão mal. Ryan estava jogado no tapete dormindo e Khalil estava no sofá. Os dois pareciam estar em sono muito profundo. Peguei minha bolsa que eu tinha deixado no sofá e peguei meu celular, discando o número de Hailey. Tocou várias vezes e eu já estava quase desligando quando ela atendeu.
- Você não imagina o quanto eu quero te matar. - Sua voz soou rouca e sonolenta.
- Onde você tá? - Perguntei mudando de assunto. Não queria falar sobre isso por telefone.
- Eu to na casa do Justin dormindo.
- Eu to te esperando aqui no primeiro andar, vem logo. - Ela resmungou e assentiu depois.
Após finalizar a ligação fiquei sentada no pé da escada esperando Hailey descer e enquanto isso eu não conseguia parar de pensar no quanto eu me sentia uma babaca.
- Você sabia que tem um elevador nessa casa?! - Hailey chegou praticamente gritando. É, eu sabia. E como sabia.
- Para de gritar, Hailey. Vai acordar todo mundo. - Falei levantando da escada e indo em sua direção.
- Ah, mas você ainda não me ouviu gritar direito. - Falou. - Como assim você dormiu com o Justin Bieber e me largou? - Ela gritou mais alto dessa vez e eu fechei meus olhos instantaneamente.
- Hailey, por favor, vamos conversar em casa. Eu preciso ir embora daqui logo.
- Tá bom, mas só porque eu também quero ir embora. Só deixa eu me despedir da Anne. - Ela saiu antes mesmo que eu pudesse perguntar quem é essa tal de Anne.
Enquanto esperava ela voltar, um homem alto entrou na casa e eu logo o reconheci. Era Hugo e eu não sabia onde enfiar minha cara já que obviamente ele sabia o que tinha acontecido ontem a noite.
- Bom dia, Olivia. - Ele sorriu e caminhou até o sofá, onde ele se sentou. Pensei que Justin estaria com ele, mas felizmente eu pensei errado.
- Bom dia. - Disse timidamente.
- Justin pediu que eu te levasse em casa. - Falou. Ah, pelo menos nisso ele pensou.
- E onde ele está?
- Eu não sei. Justin me deu o dia de folga, só pediu que eu levasse você e Hailey em casa. - Assenti. Nós ficamos em silêncio até Hailey voltar e quando isso aconteceu finalmente pudemos ir embora.
Assim que adentramos o elevador do meu prédio Hailey começou o interrogatório, mas fiquei em silêncio apenas ouvindo ela falar. Seria melhor eu responder assim que estivesse na segurança do meu apartamento.
- Será que agora você pode me responder? - Ela resmungou assim que entramos em casa. Larguei minha bolsa no sofá e sentei no mesmo em seguida, soltando um suspiro. Que merda que eu fui fazer...
- Eu cometi em erro, Hailey...
- Amiga, transar com o Justin Bieber não é erro. Erro é você me largar pra transar. - Ela falou se largando no outro sofá.
- Me desculpa, sério mesmo. Eu não queria que isso tivesse acontecido.
- Mas é claro que te desculpo, Liv! - Ela jogou uma almofada em mim e eu ri. - Mas me conta como isso aconteceu.
- Sabe a hora que eu saí pra ir no banheiro? - Ela negou e eu revirei os olhos. - Tá, mas enfim, eu saí pra ir no banheiro e na hora que voltei encontrei com Justin no corredor. Então, não sei por que, mas ele me chamou pra ir conhecer um lugar da casa. - Ela fez uma cara maliciosa.
- O quarto dele?
- Não! - Falei rindo. - Era uma espécie de jardim de inverno, um lugar muito bonito no último andar. Nós ficamos conversando por pouco tempo e decidimos voltar, mas quando estávamos quase entrando na sala que vocês estavam ele me agarrou e aconteceu o que você já imagina.
- Olivia, já disse que você é sortuda?
- Não era pra isso ter acontecido, Hailey...
- E por que não? Você é solteira, não tem nada que te impeça.
- Eu me apego muito fácil as pessoas, não posso me envolver muito com ele...
- Ah, Liv, para com isso. Você não vai se apegar a ele, foi só um sexo.
- Agora foi só sexo, mas eu tenho medo de me aproximar mais e mais dele e acabar criando algum tipo de sentimento além da amizade.
- Eu acho bobeira toda essa sua preocupação, mas você sabe o que faz... - Falou.
- Os amigos do Justin falaram algo ontem? - Perguntei mudando um pouco o assunto.
- Mas é claro! Ryan e Khalil ficaram zoando, mas a Hailey não curtiu muito as brincadeiras não. Ela sente algo pelo Justin.
- Como você sabe disso?
- Ela foi embora com a Kendall pouco tempo depois que perceberam que vocês dois tinham sumido. Eu perguntei o que tinha de errado aí ela falou "é que eu sou uma idiota" e foi embora. Depois eu perguntei para o Ryan o que ela tinha e ele me contou que a Hailey gosta do Justin e até já disse pra ele, mas o Justin não quer se envolver com ninguém.
- Porra Hailey, eu só faço merda. A garota deve estar me odiando.
- Ryan também disse que não era pra se preocupar porque ela só fica com raiva na hora, mas depois passa.
- Eu espero... Mas e depois, o que aconteceu?
- Eu fiquei jogando com os meninos mas eles logo pegaram no sono, então o Hugo me apresentou pra Anne, que é a governanta da casa, e ela arrumou um lugar para que eu pudesse dormir. Ainda bem que ela estava lá porque senão eu ia invadir o quarto do Justin e acabar com a festinha de vocês. - Não pude deixar de rir, Hailey não era normal às vezes. - Eu vou pra casa agora pra descansar um pouco, depois nos falamos. - Ela me abraçou e então caminhou para fora do apartamento.
Eu continuei jogada no sofá, com meus pensamentos fixos em Justin e no que aconteceu. Ainda não tinha caído a ficha e provavelmente demoraria um tempo até eu aceitar isso. Me envolver com Justin é a última coisa que eu quero no mundo, não preciso ter toda aquela atenção em mim.
Após criar coragem, levantei do sofá e fui até o banheiro, onde tomei um banho longo e relaxante. Eu estava precisando muito disso. Depois coloquei uma roupa confortável e fui para a cozinha procurar algo para comer.
Enquanto preparava meu café da manhã ouvi a campainha tocar e pensei que fosse meu pai, então preparei um enorme discurso para o caso dele ter descoberto que eu passei a noite na casa do Justin, mas ao olhar pelo olho mágico da porta, vi que não era quem eu estava esperando. Justin estava parado ali, encostado no batente da porta e olhando para baixo. Pensei duas vezes antes de atender, mas decidi que abrir a porta era o certo a se fazer.
- Oi. - Ele disse assim que abri a porta.
- Oi. - Falei tentando não olhar dentro dos seus olhos. Eu estava envergonhada.
- Posso entrar? Preciso conversar com você. - Dei espaço para ele entrar e ele caminhou até o sofá, onde ele sentou antes mesmo de eu falar que ele podia. Eu então sentei no outro sofá e fiquei esperando que ele começasse a falar, já que eu não sabia como fazer isso. - Acho que nós nos precipitamos um pouco ontem. - Ri fraco.
- Você acha? Nós passamos dos limites, Justin. - Ele assentiu.
- Eu não sei o que me deu ontem, eu... me senti muito atraído por você. - Falou. - Não quero que as coisas fiquem diferentes entre nós por causa do que aconteceu. Não quero perder sua amizade. - Suspirei pensando no que falar.
- Eu também não quero, mas você sabe que se aconteceu uma vez pode acontecer de novo e eu não quero isso. Não quero me envolver demais. - Ele ficou em silêncio, provavelmente esperando que eu falasse mais. - Só... só vamos tentar fingir que nada aconteceu. - Falei mesmo sabendo que isso seria algo difícil de esquecer. Não é todo dia que você transa com uma celebridade que por acaso também é seu amigo.
- Você sabe que não vai dar né? - Ele falou rindo. - Só vamos aceitar que tivemos o melhor sexo de nossas vidas. - Revirei os olhos sentindo minhas bochechas corarem um pouco.
- Eu to falando sério.
- Eu também. Pra que fingir? Aconteceu, nós dois gostamos e agora não dá mais pra voltar atrás. Eu só não quero que isso interceda na nossa amizade. - Continuei em silêncio pensando no que dizer. Por que as coisas pra ele tinham que ser tão fáceis? Ele nunca via problemas em nada. - Vamos, me prometa que isso não vai mudar nada na nossa amizade.
- Tá, eu prometo. - Ele sorriu. - Mas não vamos deixar as coisas chegarem ao ponto que chegaram novamente. - Ele assentiu.
- Só tenta não se entregar apenas com um beijinho. - Justin disse e eu senti meu rosto todo ficar vermelho, o que o fez rir.
- Você é um babaca! - Falei saindo da sala e indo para a cozinha para não ter que olhar em seu rosto. Eu devia estar igual um pimentão.
- Hey Liv, foi só uma brincadeira, não precisa ficar toda vermelha. - Ele disse rindo e me seguindo. - O que você tá fazendo?
- Waffles. Quer? - Ele negou.
- Não, to sem fome. - Me servi e sentei à mesa para comer. Justin sentou de frente para mim.
- Posso te fazer uma pergunta meio invasiva? - Ele assentiu. - O que rola entre você e a Hailey?
- Qual o motivo da pergunta?
- Minha amiga Hailey disse que ela foi embora assim que descobriu sobre... "nós". - Fiz aspas com os dedos.
- Ela sente algo por mim e fica assim toda vez que eu fico com alguém, mas eu não quero me envolver de novo com ela.
- Envolver de novo?
- É, nós já ficamos algumas vezes no começo da amizade, mas chegou num certo ponto que eu achei que era hora de parar, sabe? Esse negócio de amizade colorida não dá certo.
- Ela é boba de ficar aí sofrendo ao invés de curtir a vida também. - Ele assentiu.
- Eu penso o mesmo. Apesar de tudo, ela é minha amiga e eu quero ver ela feliz, mas não posso fazer algo só porque ela quer, ainda mais algo tão sério como um relacionamento. - Concordei.
- E aquela garota que não largava do seu pé que você me pediu ajuda pra se livrar dela? - Ele riu.
- Nunca mais me procurou! Ainda bem. - Ri.
- Às vezes eu me pergunto se você não tem um coração. - Ele riu.
- Eu tenho, mas ele tá muito cheio de família, amigos e fãs, então não posso deixar qualquer um entrar nele. - Fiz uma careta.
- Isso foi mais gay do que fofo. - Justin riu.
- Obrigada pela sua sinceridade.
Levantei da cadeira e coloquei a louça que sujei na pia, depois fui para a sala e Justin me seguiu.
- Vou pra casa dormir um pouco, depois a gente se fala. - Ele falou me dando um abraço.
- Ok. Até depois então.
- Até. - Disse e então foi embora, me deixando sozinha com meus pensamentos. Eu não conseguia parar de pensar em Justin e no quão estranho era o fato de não conseguir me afastar dele. Eu estava decidida a nunca mais vê-lo, de não me envolver mais ainda na sua vida, mas então ele aparece aqui com aquele jeito encantador e acaba com todos os meus planos. Justin Bieber, você é um idiota.
[...]
- Então, vamos ou não? - Justin perguntou pela milésima vez. Ele estava decidido a me fazer sair da minha casa quentinha para ir ao McDonalds só porque ele estava com vontade de comer uma comida gordurosa.
- Eu to com preguiça. Tá muito frio na rua. - Falei rodando na cama. Eu estava enrolada no cobertor assistindo um filme na televisão.
- Passo aí em cinco minutos. - E então a ligação foi finalizada. Bufei irritada e joguei o celular no outro lado da cama. Justin sempre conseguia tudo que ele queria.
Contei até dez mentalmente tomando coragem de levantar da cama e assim que chegou no dez eu levantei em um pulo, correndo até o guarda-roupa e vestindo a primeira calça jeans que achei. Depois peguei uma blusa de manga comprida, uma jaqueta de couro e uma botinha. Não iria fazer uma super produção pra ir no McDonalds só por causa da minha companhia. [outfit here] Peguei também um óculos escuro e coloquei dentro da minha bolsa, para o caso dos paparazzis apontarem aquele monte de flashes para nós.
Cerca de dois minutos após eu terminar de me arrumar a campainha tocou e eu fui até a porta, a abrindo e dando de cara com um Justin sorridente e vestido com uma roupa toda preta. Era incrível o fato de que ele conseguia ficar bem com qualquer peça de roupa que ele vestisse.
- Eu quero te matar por me fazer sair da cama só pra comer besteiras. - Ele riu enquanto eu trancava a porta de casa.
- É que você não tem noção do quanto eu preciso comer um hambúrguer.
- Não era mais fácil você pedir pra algum restaurante entregar um hambúrguer na sua casa?
- Bem que eu queria, mas minha mãe ordenou que Guadalupe não deixasse eu comer esse tipo de comida. - Ri. - Isso é constrangedor. - Ele me acompanhou nas risadas. - Mas falando sério agora. Esse tipo de comida não faz bem para as minhas cordas vocais.
- E você está tentando viver intensamente enquanto quebra as regras de não comer fastfood. Acertei? - Ele riu.
- Sim! Às vezes eu gosto de fazer algumas rebeldias desse tipo. - Ri novamente.
A porta do elevador abriu e nós o adentramos. Durante todo o percurso até o térreo ficamos em silêncio, mas não um silêncio constrangedor, era só aquele tipo de silêncio que ocorre quando se entra em um elevador. Justin estava ocupado jogando o cabelo para o lado e depois o arrumando novamente enquanto eu me divertia vendo essa cena.
- Segura a porta do elevador pra mim. - Ele falou assim que eu ia saindo.
- Pra que?
- Pra eu arrumar meu cabelo. - Revirei os olhos rindo e fiz o que ele pediu. Demorou apenas alguns segundos e então nós podemos caminhar até sua Lamborghini que estava parada em frente ao prédio.
- Ainda tenho que me acostumar com o fato de que cada vez nós saímos você tá com um carro diferente. - Falei enquanto Justin dirigia e ele riu.
- Você ainda nem conheceu todos eles.
- Acho que se nós sairmos mais... sei lá, umas vinte vezes, talvez eu consiga andar em todos.
- Vinte vezes é pouco ainda. - Nós rimos.
Justin então ligou o rádio, onde uma música do Calvin Harris tocava. Comecei a balançar minha cabeça enquanto admirava a paisagem do lado de fora, mas uma cena fez meu coração parar por um tempo. Era Nick. E Bethany. E eles estavam de mãos dadas.
- Tá tudo bem? - Justin perguntou, provavelmente percebendo que eu fiquei tensa.
- Sim. - Falei sem conseguir tirar os olhos dos dois, que agora estavam rindo de algo enquanto caminhavam para dentro do McDonalds. Não, não podia ser, eles não podiam ir para o mesmo lugar que nós.
- Você ficou tensa do nada.
- Não... não é nada. Só vamos comer logo. - Ele me olhou mas não disse nada. Justin parou o carro no estacionamento e nós saímos do mesmo, indo rapidamente para dentro do restaurante que estava super vazio. Não havia fila, então fizemos nossos pedidos rapidamente.
Logo após sentarmos em uma mesa no canto, onde atrairíamos menos atenção, eu pude ver Nick e Beth numa mesa afastada da nossa, conversando sobre algo que eu não podia ouvir. Não conseguia acreditar que eles estavam juntos, eles não podiam ter feito isso comigo.
- Liv, dá pra me contar o que tá acontecendo? - Justin falou me fazendo desviar o olhar dos dois e passar a olhá-lo. Suspirei.
- Tá vendo aqueles dois ali? - Fiz um sinal com a cabeça na direção deles e Justin virou a cabeça para trás para olhar onde eu indiquei.
- O casalzinho que não para de rir? - Assenti. - Que que tem?
- Meu ex-namorado e minha ex-melhor amiga. - Os olhos dele arregalaram um pouco e ele me olhou em confusão.
- Tá brincando! - Dei um sorriso sem vida.
- Bem que eu queria.
- Que babaca! E que vadia! - Ele falou me fazendo rir. - Nós podemos ir para outro lugar se você quiser. - Neguei com a cabeça.
- Não precisa. Tenho que superar isso, aliás já se passaram umas duas semanas desde que tudo aconteceu. - Falei. - E isso me lembra uma coisa.
- O que?
- No dia que eu vi eles se beijando, eu acabei sendo uma idiota e fui pra casa do Nick depois. - Ele fez uma cara de nojo.
- Foi idiota mesmo.
- Tá, eu sei, não precisa confirmar. - Ele riu. - Aí quando eu estava indo pra casa vi uma movimentação em frente à uma boate e decidi parar pra olhar o que era, então eu percebi que era uma celebridade já que tinha, sei lá, uns 15 paparazzis enlouquecidos.
- Só falta você dizer que era eu. - Ri assentindo.
- Sim, era você mesmo. Estava com aquela sua Ferrari branca. Foi um dia antes da gente se conhecer.
- Cara, só pode ser o destino! - Ri novamente.
- Eu estava do outro lado da pista, aí depois que você fez o retorno e mudou pra pista que eu tava passou na minha frente, abaixou o vidro do carro e acenou.
- Eu lembro disso! Sério que era você? Eu achei que era uma fã já que estava chorando e olhando o tempo todo pra mim.
- Foi isso que eu imaginei.
- Então nós nos conhecemos antes mesmo de nos conhecermos. - Ri.
- Isso foi confuso, mas tá certo. Eu também já vi você algumas vezes na rua antes desse acontecimento, mas nunca parei pra pedir foto.
- Azar o seu. - Revirei os olhos rindo.
- Não perde uma oportunidade de se gabar.
- Mesmo se eu não fosse famoso, eu poderia me gabar, porque olha pra mim... eu sou um pedaço de mau caminho. - Ri alto dessa vez, mas não respondi. Ele tinha razão, mas eu não ia dizer isso pra ele, até porque eu já me sentia um pouco envergonhada perto dele às vezes por causa do que aconteceu entre nós. - Vamos tirar uma foto?
- Nem pensar.
- Nossa, que grosseria. Por que não?
- Por vários motivos, mas principalmente porque não quero meu lindo rostinho nas suas redes sociais.
- Eu não vou postar.
- Eu sei que vai. - Ele riu.
- Eu estou falando sério. É só uma foto de recordação.
- Tá, mas só uma. - Ele concordou. Então ele levantou de onde estava sentado e sentou do meu lado, passando um dos seus braços por cima do meu ombro e me puxando para mais perto de si.
- Sorria! - Disse e bateu a foto. Ele voltou para o seu antigo lugar e começou a mexer em algo no celular.
- Justin, não posta. É sério.
- Não estou postando. - Falou sem me olhar.
- Deixa eu ver a foto.
- Toma. - Me entregou o celular e eu sorri vendo a imagem na tela. Justin estava fazendo uma careta enquanto eu sorria. Era uma foto muito bonitinha. - Ficou muito boa, não acha? - Assenti.
- Claro que ficou, eu estou nela.
- Acho que você está passando tempo demais comigo. - Nós rimos. - Vamos embora? Daqui a pouco começa a chegar paparazzis. - Assenti.
- Sim, esse lugar não está sendo bem frequentado. - Falei olhando para Nick e Bethany e Justin riu. Acho que os dois não tinham nos notado aqui.
Nós levantamos dos nossos lugares e eu comecei a caminhar para a mesma porta que nós entramos, mas Justin foi para a outra porta e parou no meio do caminho para me esperar. Se eu passasse por aquela porta teria que passar na frente do casalzinho. Sem chances.
- Eu não vou por lá. - Falei quando Justin reparou que eu não saí do lugar e voltou até mim.
- Vem, por favor.
- Pra que isso? Por que simplesmente não passamos por essa porta e vamos embora? - Disse apontando para a porta que eu queria passar.
- Mostra pra eles que você está feliz, vamos lá. - Continuei parada com os braços cruzados na frente dele decidida a não segui-lo. - Vem. - Me puxou pelo braço e como eu era mais fraca que ele não consegui voltar. Ok, já que eu ia passar por ali, não ia parecer uma fracassada. Levantei minha cabeça e me passei pela pessoa mais orgulhosa do mundo.
Senti Justin segurar meu braço novamente, mas dessa vez não com força, ele segurou fraco e foi deslizando sua mão até encontrar a minha. Então nossos dedos foram entrelaçados e eu perdi toda aquela imagem que eu tinha feito minutos atrás, eu só queria me jogar nos braços daquele homem. Eu nem lembrava mais o que estava acontecendo, só fui lembrar quando sem querer meu olhar cruzou com o de Nick, que estava olhando com perplexidade para minha mão entrelaçada na do Justin. Bethany não estava muito diferente. Sua boca estava aberta e ela não tinha reação.
- Vocês querem uma foto? - Ouvi Justin perguntar e senti vontade de rir, mesmo achando toda essa cena super ridícula.
- É... não, não. Obrigada. - Bethany respondeu primeiro, saindo do "transe". - Oi, Liv. - Falou agora me olhando e eu revirei os olhos, puxando Justin pela mão para fora do McDonalds.
Assim que saímos ele começou a rir muito alto e eu o acompanhei.
- Isso foi ridículo, mas tenho que admitir que foi engraçado. - Eu disse enquanto nós começávamos a caminhar até o carro, com Justin ainda rindo.
- Você viu a cara deles? Estavam parecendo duas múmias.
- Sim! E o pior de tudo foi aquele "Oi, Liv". Falsa!
- Você tem é sorte deles terem saído da sua vida. Não valem a pena. - Concordei com ele.
Então ficamos em silêncio e eu pude reparar que ainda estávamos de mãos dadas. Não separei nossas mãos até chegarmos no carro. E Justin também não.
[...]
- Está entregue. - Justin falou assim que parou o carro em frente ao meu prédio.
- Obrigada pelo passeio. Foi divertido.
- E você não queria vim. Quando eu te chamo pra ir em algum lugar você tem que aceitar na hora. - Revirei os olhos rindo.
- Para de ser tão idiota. - Ele riu.
- Então... boa noite. - Disse e sorriu. - E até amanhã.
- Até. - Sorri também.
Já estava me preparando para sair do carro quando seus braços me envolveram em um abraço. Sorrimos quando nos separamos e eu pude sair do carro e subir para o meu apartamento. Ao deitar na cama para dormir meus pensamentos pararam nele e no quanto ele era incrível. Nessa noite eu tive uma certeza: mesmo com a vida intensa que ele leva, eu não queria me afastar nunca dele.

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